A Mistifilmes se dedica desde 1975 ao cinema artesanal.
Cinema artesanal é um cinema feito para pequenos públicos, com recursos simples e com voluntários, veiculando mensagens personalizadas. É um conceito de cinema que aprendemos a fazer desde o tempo do super 8.
Nossos trabalhos não têm finalidade de lucros financeiros ou de atingir grandes públicos ou mídias como televisão e circuito de cinema comercial. Trabalhamos para pequenos públicos, específicos, e nossa missão é ampliar a consciência das pessoas para os valores da vida humana, o respeito ao próximo, a natureza e o contato intimo com Deus, em suas infinitas manifestações. Utilizando a linguagem simbolista na maior parte de suas manifestações, a Mistifilmes se dedica também à luta pelos valores ecológicos do planeta desde os anos 70, valorizando ainda a cultura hippie. O lema "Espiritualidade e Arte" é um dos baluartes do Grupo Mistifilmes, que visa preservar para a posteridade a imagem de pessoas, culturas e regiões.
Conheça a História da Mistifilmes
O FILME SUPER 8
Para compreender o nascimento da MISTIFILMES é preciso saber como era o cenário do cinema e dos filmes nos anos 70, quando o video cassete ainda não existia. As bitolas de cinema existentes até o ano 70 eram: 70 mm - 35 mm - 19 mm - 16 mm e 8 mm e o super 8 mm. As bitolas de 70 e 35 mm pertenciam ao cinema comercial às grandes produções; o filme 19 mm foi largamente explorado na televisão. A bitola de 19 mm, por suas formatação, adequou-se muito bem à tela da TV, sem perda de imagem. A bitola de 16 mm, utilizada tambem para o cinema e televisão, sempre serviu para atender a uma escala de amadores ou de pequenos grupos de trabalho não comerciais; muito prático e barato, foi largamente explorado para propagandas e por empresas em suas filmagens institucionais.
A partir do filme 16 mm veio o de 8 mm, nascido no final da década de 50, que servia para o uso de amadores, e consistia na utilização do filme 16 mm em duas etapas.
O filme era sensibilizado de um lado, e em seguida do outro, proporcionando duas trilhas de imagens; quando de seu processamento, a película era cortada ao meio, propiciando o filme de 8 mm, com perfuração unilateral. Alem de baratear o custo de material, o 8 mm permitia que se fizesse exibições para pequenos auditórios, em vista dos equipamentos de pequeno porte exigidos, tendo por isso se popularizado no uso doméstico. Mas as grandes perfurações, provenientes de um filme de 16 mm, fazia com que a area útil do filme não fosse bem aproveitada.
Na década de 60, surgiu então o Super 8, um aperfeiçoamento do filme 8 mm, com perfuração menor, mais adequada a largura da fita, comercializada em cartuchos de segurança padronizados, propiciando quase 30 por cento a mais de área útil de imagem.
Sua praticidade de uso, seus equipamentos semi portáteis, de custo acessível, leves, permitiam que qualquer pessoa leiga, sem conhecimentos artísticos ou técnicos pudessem produzir suas próprias imagens sem grandes complexidades. Depois, com o advento do filme super 8 sonoro, esta bitola ganhou grande espaço em todo o mundo, concorrendo com a fotografia. Com uma qualidade de imagem relativamente boa, podia ser utilizada em exibições para pequenos auditórios e tornou-se, na décadas de 60 e 70 o cinema doméstico, instrumento de comunicação dos artistas.
Grandes cineastas dele se utilizaram, destacando-se os brasileiros Glauber Rocha e José Mojica Marins. O Super 8 passou a permitir a criação de filmes sem gastos excessivos para os artistas amadores, e devido a sua facilidade de manuseio, foi possivel a qualquer pessoa tornar-se um cineasta, criando trabalhos subjetivos. Foi a época em que bastava "uma câmera e uma idéia na cabeça" para se criar um filme.
Na década de 70 muitos festivais de super 8 foram realizados no Brasil. Porém, com o advento do video cassete no inicio dos anos 80, o publico domestico - que filma sogro, filhos, parentes, viagem - abandonou o super 8 e partiu para o video. Pouco a pouco o material foi escasseando e depois de 1989 só passou a ser disponível no exterior, o que dificultou muito a sua utilização.
O que fez com que o Super 8 fosse lentamente se tornando obsoleto é que tinha custo elevado em relação as fitas de video cassete. No ano de 1986 por exemplo, uma fita de video VHS tinha o mesmo preço de um filme super 8 virgem com 3 minutos de duração. Só que a fita de video permitia duas horas de gravação. Por outro lado, havia vantagens do filme sobre a fita; a durabilidade do filme, por ser película, podia ser quase eterna. As fitas de video tinham vida curta, de no maximo dez anos ou menos, se não fossem devidamente armazenadas. O tempo mostrou que as fitas de video eram uma mídia problemática, que logrou a perda de muitos registros feitos no passado por aqueles que a utilizaram, enquanto os filmes super 8 permanecem ilesos a passagem do tempo.
Além disso, o super 8 tinha a facilidade na edição e montagem. Para a edição de vídeos, sempre era necessário uma mesa com equipamentos sofisticados e caros, o que inviabilizava muitas vezes sua utilização pelo amador para alguns trabalhos mais sofisticados que fossem alem dos registros domésticos convencionais.
A FUNDAÇÃO DA MISTIFILMES
A Mistifilmes foi fundada a
partir da união de diversos artistas paulistanos, que na época se reuniram com
a ideia de criar trabalhos temáticos próprios utilizando a mídia dos filmes
super 8:
Gercio Tanjoni – Ator de teatro, fotógrafo, poeta e amante da sétima
arte;
Eduardo Sanches – Diretor e ator de teatro;
Washington Morais –
Intelectual e poeta, que já realizava experimentos pessoais em super 8 ;
Carlos
Soares Rosa - fotógrafo.
Ruth Veríssimo dos Santos – atriz e fotógrafa.
Hércules Delmond - Ator, maquiador e artista plástico.
A filosofia do Cinema Artesanal foi criada a partir da máxima do super 8 – ‘uma
câmera na mão e uma ideia na cabeça’; é um cinema mais subjetivo, feito para
pequenos públicos, com recursos simples, mensagens objetivas, utilizando atores
amadores e que trabalharam sempre voluntariamente, sem remuneração, fazendo a
arte pela arte.
As locações eram sempre obtidas por negociação, e os custos dos
filmes se resumiam ao material em si – filmes, revelações, etc.
Os equipamentos
de filmagem eram adquiridos de segunda mão, dado as dificuldades financeiras do
grupo. Os filmes eram posteriormente dublados, pois o grupo não dispunha de
câmeras ou projetores sonoros.
GERCIO TANJONI
CARLOS SOARES ROSA
EDUARDO SANCHES
RUTH VERÍSSIMO
WASHINGTON MORAIS
HÉRCULES DELMOND
- Desde 1974 Gercio Tanjoni se dedicava a trabalhos fotográficos, e nessa arte vinha crescendo e se desenvolvendo em novas formas de expressão.
- Em 1975 juntamente com Carlos Rosa realizou alguns ensaios fotográficos que serviriam de preparação para ingresso ao super 8.
Um deles foi o ensaio fotográfico com Sílvio Cândido em 23 de Março de 1975 e outro com Eduardo Sanches em 26 e 27 de Abril de 1975.
A finalidade do grupo era realizar trabalhos de sua autoria,
em caráter cultural, sem finalidades lucrativas, para discussão em pequenos
grupos.
Em 28 de Maio de 1975, Gercio e Eduardo concordaram em fazer um filme; foram acertados detalhes, convidadas pessoas, e surgiu "Caminhos", o primeiro trabalho da MISTIFILMES.
Assista ao primeiro capítulo da Historia da Mistifilmes mostrando a criação do grupo e o filme Caminhos.
No início das atividades da Mistifilmes os filmes eram realizados com imagens sem sonorização.
Devido aos poucos recursos que o grupo dispunha, as projeções eram realizadas com auxilio de um gravador mini cassete que continha uma trilha sonora musical especialmente escolhida para as imagens.
Os equipamentos utilizados pelo grupo eram emprestados por Washington Morais, que já realizava seus experimentos pessoais em super 8. Eram equipamentos bem simples, e o grupo só adquiriu idênticos vagarosamente.
Primeira filmadora
Primeiro projetor
Coladeira de filmes para edição
Gravador utilizado para trilha sonora
A fase do cinema mudo durou até 1979 quando o grupo Mistifilmes conseguiu adquirir um projetor sonoro. Então, todos os filmes dessa primeira fase foram sonorizados de acordo com as trilhas originais que eram utilizadas nas exibições.
Abaixo, os filmes dessa primeira fase:
CAMINHOS
1975
CAMINHOS foi o primeiro filme Super 8 realizado pela Mistifilmes.
O filme mostra o conflito interior do Homem diante de si mesmo e da sua consciência. Há uma mácula profunda, que um dia brota e aparece por trás de sua aparente paz. Neste momento difícil ocorre o encontro com Cristo. Somente depois de enxergar seu próprio sofrimento, o homem é capaz de tirar Cristo da cruz.
Surge então o Cristo novo, sem feridas, verdadeiro, mas que logo precisa partir, deixando o Homem, agora maduro, possa assumir a carga dos seus próprios erros, destruindo a cruz de sofrimentos que ele viu refletida em si mesmo. Duração: 12 minutos
Roteiro: Gercio Tanjoni e Eduardo Sanches
Direção: Gercio Tanjoni
Maquiagem: Hércules Delmond
Apoio Artístico: Antonio Carlos Sanches
Assessoria Técnica : Carlos Soares Rosa e Ruth Veríssimo.
Participação Artística: Eduardo Sanches e Sílvio Cândido Souza.
ASSISTA AO FILME CAMINHOS
CIRANDA
1975
CIRANDA foi o segundo filme super
8 realizado pelo grupo MISTIFILMES.
Empolgado com a experiência do primeiro trabalho super 8 do grupo - CAMINHOS -
Washington Morais decidiu escrever um roteiro baseado em suas concepções de
vida.
CIRANDA é na verdade uma contraposição àquele primeiro filme, mostrando a luta
do homem entre o Bem e o Mal.
Esses dois extremos mostram a
ciranda dos seres humanos, que são sempre obrigados a optar por extremismo em
suas ações. Duração: 8:15 minutos
A fórmula apresentada por Washington
mostra seu conceito pessoal, de convivência pacífica com esses dois aspectos,
sem com isso se sentir culpado.
Texto – Washington Morais
Direção – Gercio Tanjoni
Câmera - Carlos Rosa
Maquiagem e figurino - Ruth
Verissimo
Participação artística -
Washington Morais, Hassan Ayoub, Ornilo Alves Costa Jr., Lucília Pereira de
Morais, Kátia da Costa, Tânia da Costa e Marcos Pasquantonio.
ASSISTA AO FILME "CIRANDA"
O MESTRE
1975
O roteiro do filme O MESTRE foi
escrito a partir da própria filosofia de vida de Olympio Simões,
constituindo-se acima de tudo em um documento sobre seu mundo interior.
O filme constituiu-se em um momento mágico, de rara vibração, mostrando que as
chaves do mundo estão na liberdade cristalina e transcendente da experiência e
da oração.
As dificuldades vencidas pelo Mestre diante de seu discípulo são sempre
respaldadas pela meditação e pela conexão com a Força Maior.
O Mestre parte mas deixa para seu
discípulo o livro aberto de seus ensinamentos, para que possa seguir divulgando
sua obra.
O filme foi escrito e roteirizado
para documentar para a posteridade os pensamentos e a filosofia do artista
Olympio Simões, grande amigo e mestre pessoal de Gercio.
Duração: 16:45 minutos
Texto e direção : Gercio Tanjoni
Filmagem e Edição: Carlos Soares
Rosa
Assessoria Técnica: Washington
Morais e Claudio Tanjoni
Participação artística: Olympio
Simões, Gercio Tanjoni, Ana Maria Ribeiro e Ruth Veríssimo.
ASSISTA AO FILME "O MESTRE"
ASSISTA AO MAKING OF DO FILME "O MESTRE"
MEMÓRIAS
1976
Escrito por Ruth Verissimo dos
Santos, o filme MEMÓRIAS mostra toda a tristeza e a melancolia de um artista
diante de um mundo em constante mudanças, onde os valores primordiais da vida
das pessoas se alteram.
Apesar da beleza de seu mundo
interior, o protagonista representado por Gercio recorda aspectos de sua vida
que infelizmente só existem dentro do contexto de suas Memórias.
Este trabalho foi quase que integralmente filmado no município de Guarulhos, na
Cidade Seródio, numa região posteriormente destruída pelo crescimento da
cidade, e que era repleta de paisagens maravilhosas e bucólicas.
Duração: 26:30 minutos
Roteiro e direção : Ruth
Veríssimo
Arte Visual : Carlos Soares Rosa
Participação Artística: Gercio
Tanjoni, Wilson Rogério de Souza, Ricardo Castro Jr., Tânia da Costa, Kátia da
Costa, Kátia Cristina da Costa, Salovi Diosdato, Natanael Egídio Jr., Balbino
Lázaro, Marcos Pasquantonio, Telma Gimenez, Cícero Cândido, Suzy Farjala,
Anisia, Elizabeth Pires, Ivan Souza Alberto, Valdir Biffe, Claudio Tanjoni,
Sílvio Cândido e Maria Estela Costa.
ASSISTA AO FILME "MEMÓRIAS"
O INFINITO
1977
O INFINITO é um filme simbolista, onde cada imagem tem profundo significado espiritual. Vítor é mostrado como um espírito desencarnado que ruma ao esclarecimento e à redenção.
Conturbado e arrependido, ele vê seu passado desfilar diante de seus olhos, amargando o sabor de seu egoísmo.
Só depois de ajustar suas contas, ele pode caminhar para novos horizontes.
O INFINITO, em seus vários estágios, é explorado por efeitos visuais dinâmicos que se aliam a uma pesquisa musical profundamente identificada com as imagens. O filme foi produzido a partir da pesquisa de vários livros espíritas, sendo baseado principalmente em teorias kardecistas; por esse motivo serviu para diversos debates em centros de estudo espiritualista, pois aborda principalmente assuntos ligados ao karma, reencarnação e a vida pós morte. Duração: 23:50 minutos
Roteiro: Gercio Tanjoni
Direção: Ruth Veríssimo
Arte visual : Carlos Soares
Participação artística: Gercio Tanjoni, Claudio Tanjoni, Sílvio Cândido, Cícero Cândido Souza, Ruth Veríssimo, Nelson Calixto, Pedro Tanjoni, Maria da Costa e João Pasquantonio. Participação especial: Cãozinho Póli.
ASSISTA AO FILME "O INFINITO"
UM NOVO HORIZONTE
1977
UM NOVO HORIZONTE mostra a vida
de dois nômades na década de 60 quando eram fortes as influências “hippies”
sobre a juventude.
É o filme de uma geração que
queria “botar o pé na estrada” a procura de um sentido para suas vidas, algo
que eles próprios não sabiam ao certo distinguir o que poderia ser.
Não que estivessem a procura de algo novo, eles simplesmente queriam fugir de
coisas que estavam apodrecendo, como a sociedade de consumo e o sistema que ela
impunha às pessoas. Duração: 15:35 minutos
Texto e Direção- Washington Morais
Filmagem - Carlos Rosa
Participação Artística - Ruth Verissimo, Claudio Tanjoni, Orestes
Camargo Jr, Lucilia Pereira de Morais e Cícero Cândido, além de diversos
extras.
Assessoria técnica - Claudio Tanjoni
ASSISTA AO FILME "UM NOVO HORIZONTE"
SONHO CLÁSSICO
1978
SONHO CLÁSSICO é considerada a obra prima visual da Mistifilmes dentro da primeira fase, a do cinema mudo.
Com cenas produzidas em cenários naturais e em dias límpidos de outono, SONHO CLASSICO harmoniza suas paisagens coloridas com um lirismo incomum. O romance entre o pintor e sua musa esbarra nas convenções sociais e nos planos de casamento feito pelo pai dela.
O filme tem uma mensagem amena, onde a presença espiritual da musa permanece com o pintor dando-lhe forças para a continuidade de sua obra. Duração: 29:30 minutos
Roteiro: Gercio Tanjoni
Fotografia : Carlos Rosa
Assessoria Técnica: Ana Maria Ribeiro, Ruth Veríssimo e Cícero Cândido.Participação Artística: Silvio Cândido, Kátia da Costa, Pedro Tanjoni, Tania da Costa, Ana Maria Ribeiro, Ruth Verissimo e Gercio Tanjoni.
ASSISTA AO FILME "SONHO CLÁSSICO"
ASSISTA AO MAKING OF DO FILME "SONHO CLÁSSICO"
A ILUSÃO
1979
A ILUSÃO encerrou a primeira fase da Mistifilmes, a do cinema simbolista mudo, que durou 4 anos. O filme está dentro da linha mais tradicional do grupo e pretendeu ser um alerta a respeito das ilusões humanas.
Representado por uma simples bexiga, o sonho do protagonista, enquanto inacessível é doce e maravilhoso; perseguido com incessante obsessão, é enfim alcançado, quando se quebram todas as barreiras que dele o separavam.
É com grande pesar porém que o protagonista, ao tocar seu sonho, vê-lo desintegrar-se, mostrando que era apenas uma ilusão; pior que isso, tem que viver com as conseqüências de sua posse. Duração: 18 minutos
Participação Artística: Cícero Cândido de Souza, Sílvio Cândido, Wilson Rogério, Ricardo Castro Jr.
ASSISTA AO FILME "A ILUSÃO"
UMA VOLTA AO PASSADO
1979
UMA VOLTA AO PASSADO é um despretensioso ensaio artístico de Washington Morais, que criou um trabalho bem característico, com a marca de seu estilo em super oito.
O filme mostra um personagem que reconsidera sua vida afetiva, escrevendo e lembrando de vários fatos.
Nesse contexto a vida de outras pessoas é também relembrada, em meio a vários reflexões.
Este filme foi o ultimo trabalho não sonoro do grupo.
Duração: 10 minutos
Roteiro– Washington Morais
Direção – Gercio Tanjoni
Participação Artística: Washington Morais, Kátia da Costa, Italina Pasquantonio, Carmela Franzese, Silvio Donizetti, Marcos Pasquantonio e Claudio Tanjoni.
Foi um momento que durou de dezembro de 1979 a Maio de 1980, quando o grupo produziu e sonorizou pequenos filmes experimentalmente.
No final de 1979, a MISTIFILMES adquiriu um projetor sonoro, um tripé e uma filmadora mais sofisticada - equipamentos usados - através do Fotoshop Isnard.
O Fotoshop era uma loja especializada de Cine Foto localizada na Alameda Barros, bairro de Santa Cecilia, São Paulo, e o gerente era o Sr. Adelino Antonio Fernandes , pessoa extremamente profissional e gentil, que disponibilizava equipamentos usados e revisados para os clientes que não podiam adquirir produtos novos.
Loja do Fotoshop Isnard
Projetor Sonoro
Filmadora e Tripé
Adelino Antonio Fernandes
Um sorriso amigo e uma palavra de
orientação sempre foi a filosofia deste homem, que muito auxiliou a MISTIFILMES
em seus projetos de super 8 e vídeo, orientando na compra de equipamentos e
fornecendo informações técnicas importantes. Ele trabalhou no Fotoshop
Isnard até 1982 e depois, entre 1983 e 1986 no Foto Kosmos; a
partir de 1982 começou a trabalhar com video na empresa Fotoazul. Fez diversos filmes profissionais
em 16, 8 e super 8 mm, e ainda trabalhos em video.
Abaixo, documentário contando a chegada da sonorização na MISTIFILMES
Abaixo, entrevista com Adelino Antonio Fernandes
Desta forma, a MISTIFILMES conseguiu sair do patamar do cinema mudo para o sonoro, e embora utilizasse ainda filmes não sonoros, eles podiam ser disponibilizados para sonorização através de uma banda magnetica que era aplicada em sua lateral.
Quem fazia esse trabalho era o Sr. Henrique Verona, que tinha inventado um equipamento que colocava adequadamente as bandas magnéticas nas delicadas peliculas de super 8.
Depois, os filmes tinham que ser sonorizados com musicas, ou narrados.
Em casos posteriores, o grupo começou a se utilizar de dublagem para sofisticar mais seus trabalhos.